Transporte por APP ajuda a diminuir a embriaguez ao volante

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Se por um lado o isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus restringe o número de pessoas circulando, por outro, legislação e fiscalização rigorosa eliminam a combinação perigosa entre bebida alcoólica e direção do trânsito de Brasília. Medidas de segurança, investimento constante e a tecnologia embarcada transformam o transporte por aplicativos em o “amigo motorista da rodada” ideal para garantir um passeio seguro para todos.

Planejado pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa, o Plano Piloto foi projetado para facilitar a circulação de veículos e, assim, eliminar alguns problemas de circulação. Com o tempo, porém, veio o excesso de veículos. A frota de Brasília cresceu 64,58% de 2009 até setembro de 2020, passando de 1.138.127 para 1.873.186. Do total, 70,1% correspondem a automóveis particulares, de acordo com números divulgados pelo Departamento de Trânsito.

Segundo dados do Observatório Territorial, 41,42% dos deslocamentos para o trabalho no DF ocorrem por carro e apenas 9,88% costumam seguir a pé. Para os bares e restaurantes a situação é semelhante. Por isso, a fiscalização e patrulhamento nas vias urbanas do Distrito Federal é intensificada pelos agentes de trânsito do Detran. Em muitas ocasiões, as ações se desenvolvem em parceria com outros órgãos da Segurança Pública e até mesmo com o Departamento de Estrada e Rodagem (DER-DF), já que algumas rodovias interligam as áreas urbanas.

Nas ações de fiscalização do Detran, DER e Polícia Militar, 16.628 infrações por violação ao artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) de janeiro até outubro deste ano: “dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”. Apesar de elevado, o número é inferior ao constatado no mesmo período do ano passado, que contou com 18.690 infrações dessa natureza.

Ao abordar os números, é necessário lembrar da pandemia do coronavírus, que fechou muitos estabelecimento e restringiu a circulação de pessoas por um bom período. Com o relaxamento, porém, o combate da embriaguez ao volante exige uma atenção ainda maior. Se por um lado as autoridades intensificam as ações, por outro, condutores precisam se conscientizar sobre a importância de deixar o carro na garagem.

Legislação rigorosa

O enfrentamento ao problema só é possível graças a Lei Seca, que completou 12 anos em 2020. De lá para cá, a legislação brasileira foi se ajustando e criando novas medidas para intensificar ainda mais o combate. Diretor científico da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Flávio Adura afirma que as regras existentes no País são eficazes. Atualmente, o motorista flagrado dirigindo sob influência do álcool paga multa de aproximadamente R$ 3 mil. Além disso, existe uma previsão de pena de 5 a 8 anos de reclusão para quem praticar crime culposo na direção de um veículo. “A nova mudança já aprovada e que entrará em vigor nos próximos meses proibirá a substituição por penas alternativas”.

Com o respaldo legal, o etilômetro utilizado durante as fiscalizações se transformou em uma “ferramenta eficiente” para alguns. A segurança de todos no sistema viário, porém, depende principalmente da conscientização do motorista. Por isso, Adura aponta o transporte por aplicativo como um instrumento importante para a retirada dos motoristas embriagados de circulação. “Realmente se tornou uma opção valiosa que complementa todo esse trabalho realizado pela fiscalização e a legislação. O app ajuda muito, pois as pessoas encontraram uma alternativa segura e viável”

Para quem ainda insiste em colocar a vida de todos em risco, Adura lembra que o álcool compromete muito mais do que os reflexos. “Quanto mais a pessoa consome, maior as chances de morrer em um acidente. A bebida, por exemplo, prejudica até mesmo a eficiência de um atendimento de urgência em um possível acidente”.

Novo motorista da rodada

Além da comodidade, os investimentos e a tecnologia embarcada são outros argumentos convincentes. Na 99, por exemplo, mais de 99,99% das corridas realizadas se encerram em segurança. Aos 25 anos, Rhuan Rafael Assis de Mendonça encontrou no transporte por aplicativo uma forma de manter os rendimentos após perder o emprego. Há quase 2 anos, ele circula pelas vias do Distrito Federal. Nesse período, o profissional afirma que a fiscalização é cada vez mais intensa, mesmo durante a pandemia. “É bom, porque a pessoa que não respeita a lei não consegue escapar”.

Por conta dos valores, facilidades e segurança, Mendonça acredita que os moradores estão preferindo seguir para reuniões à noite através do transporte por app e, consequentemente, desenvolvendo uma consciência maior. “Até porque a multa é muito grande, além da dor de cabeça e o perigo para a vida de todos. A pessoa aproveita mais e gasta menos, já que economiza com estacionamento e combustível”.

Com o número de casos do coronavírus voltando a crescer, aliás, é recomendado permanecer por mais tempo em casa, evitando se expor desnecessariamente. Para quem precisa sair, porém, o transporte por aplicativo mais uma vez se transforma em uma opção segura. Em uma parceria com a Consultoria do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, a 99 adotou uma série de medidas, como a criação do mapa de risco contra o contágio em veículos e o manual de boas práticas com dicas para diminuir a chance de contaminação no app.

Fiscalização e conscientização

Mas e o motorista do aplicativo, será que ele também segue a legislação? Quando parado na blitz, passa pelo teste determinado pelas autoridades. Por sua vez, as empresas usam tecnologia para treinar os profissionais, monitorar e, com isso, garantir a segurança de todos.

Durante o processo de cadastro, a 99 verifica o histórico público do motorista e a documentação do veículo. Além disso, realiza o reconhecimento fácil periódicos dos profissionais, assim como convida passageiros para verificar se a imagem do condutor bate com quem realizou a corrida. Os usuários têm à disposição também informações sobre o profissional, como: nota, avaliação, número de corridas, verificação de antecedentes criminais, CNH verificada e foto com CNH.

Caso ocorra algum problema, a 99 tem uma central de emergências que funciona 24 horas. Motoristas e passageiros também contam com seguro contra acidentes pessoas. Essas comodidades promovem a tranquilidade necessária para o motorista deixar de vez o carro na garagem ao sair para beber, preservando assim a saúde de todos.

Fonte: Jornal Diário da manhâ

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