João Lennon: “ESTRESSE, O MAL DO PERÍODO ATUAL E O SEU IMPACTO SOCIAL”

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A menos que no momento você permaneça em intensa meditação, vivendo em algum mosteiro budista e/ou em praias desertas e afastadas das amoladoras sensações e provocações urbanas, é imaginável que esteja passando por algum tipo de estresse (seja bom ou ruim), porém com adrenalina a mil correndo pelo corpo.

E sem esquecer-se dos últimos acontecimentos sociais e políticos em nossa sociedade, é muito provável que você se enquadre nesse quadro estressante tão revelador do período atual. 

Nos últimos dias, venho dialogando sobre essa temática com algumas pessoas. E fica muito claro que o estresse segue tomando geral, deixando as pessoas sem ferramentas para lidar com essa percepção. E durante esses diálogos, ao contrário do que se acredita, esses estresses não são nativos das dificuldades financeiras, do trânsito ou da sobrecarga de trabalho. O relacionamento permanece com o motivador gerador do maior estresse! As dificuldades financeiras e sobrecarga de trabalho estão em segundo e terceiro plano.

E quando refiro a relacionamento, não estou focando no relacionamento amoroso. Refiro daquele relacionamento em família, entre amigos, entre desconhecidos, no local de trabalho e/ou nas áreas de convivência. As pessoas não estão conseguindo interatuar mais umas com as outras como em outros tempos. A cordialidade, respeito, ética, moral e educação desapareceram!

O egoísmo, a intolerância e o assédio moral estão presentes e ativos nas relações de tal forma que os relacionamentos estão se tornando cada vez mais breves, superficiais, frios e rejeitáveis. Grande parte das pessoas não quer saber de criar vínculos serenos e positivos com ninguém. Ao contrário, querem dar um nó (ou vários deles) para atrapalhar as coisas ou impedir o andamento natural da relação.

A conjuntura é inquietante, sim! Esse desempenho estressante nada saudável permanece se banalizando cada vez mais e estamos incorporando de forma negativa em nosso dia a dia, justamente para relevar a nossa intolerância, a nossa impaciência, o nosso egoísmo e a nossa insuficiente vontade de mudar o campo de vibração.

Não dá mais pra acolher que ganha o jogo quem gritar mais alto ou açoita mais forte na mesa!

João Lennon Itacarambi (Assistente Social e Professor Universitário). 

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