O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o Centrão ala forte do congresso nacional, aliaram-se para proporcionar ao brasileiro, a maior sacanagem política e estelionato eleitoral de todos os tempos. Sedento pelo poder e tentando se manter vivo para as eleições do próximo ano, Bolsonaro, atropela discursos, a ética e moral que sempre pregou, mas que nunca teve.
A nomeação de Ciro Nogueira para o ministério da casa civil, ministério esse considerado o pulmão da gestão Bolsonaro, deixa claro o projeto de poder do presidente e a tentativa de sua manutenção do poder. Além do mais, Bolsonaro já sinalizou não vetar na sua integralidade o fundão eleitoral, que possivelmente passará para 4 bilhões de reais, ou seja, terá um aumento de 100%, já que hoje o mesmo fundão é de 2 bilhões de reais, o que é já é um absurdo.
Vale lembrar que o presidente, sempre foi um grande crítico do centrão, e aliados do seu governo chegaram a insinuar inclusive que o centrão era composto unicamente por lesas-pátrias. Ciro Nogueira, o indicado do centrão para a pasta da casa civil, inclusive já se declarou um petista e foi um grande defensor do ex-presidente, Lula. É mais uma vez a política de coalizão, palavra cravada por Sérgio Abranches nos anos 80, para simplificar o modelo político atual do toma lá dá cá, levando o discurso redundante de nova política sempre pregada por Bolsonaro ao báratro.
As escolhas do presidente mostram sua fragilidade mediante o seu momento político. Bolsonaro não governa mais (se é que governou desde que assumiu a presidência), Bolsonaro, entregou de vez o país a maior meretriz do congresso nacional(centrão). O problema é que, enquanto o dragão vermelho do apocalipse e a meretriz se amasiam e copulam politicamente, aumenta-se o desemprego, a fome, as mortes pela covid-19 e a desesperança do brasileiro, que fica refém dessa “transa política” que pode gerar futuros abortos irreparáveis a democracia brasileira.