Faltando poucos dias para a eleição no Brasil, a cúpula do Parlamento Europeu realizou nesta segunda-feira uma série de reuniões com líderes indígenas do país para mostrar solidariedade aos povos tradicionais e declarar repúdio ao governo de Jair Bolsonaro. O brasileiro chegou a ser chamado no Parlamento Europeu de “irresponsável” e “neofascista”, além de ser denunciado por seu desmonte da Funai e das medidas de proteção de direitos humanos. Um dos eventos também contou com um relator da ONU, que acusou a administração brasileira de “fracassar” na proteção dos povos indígenas. Uma delegação que representa os povos Yanomami, Kayapó, Munduruku e Yekwana foi recebida no Parlamento Europeu, em Bruxelas. Oficialmente, o tema era apresentar uma denúncia sobre a inadimplência do governo brasileiro em relação a uma decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, do dia 2 de julho passado, que dava prazo ao governo brasileiro até 20 de setembro para tomar medidas cautelares de proteção das comunidades indígenas ameaçadas pelo garimpo ilegal na Amazônia.