O diretório nacional do PT aceitou nesta quarta-feira (13) a indicação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) para compor uma eventual chapa presidencial ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.
Mesmo com mobilizações contrárias dentro da sigla, Alckmin teve a indicação aprovada por 68 votos favoráveis, 13 contrários e 3 abstenções. Membros da ala minoritária do diretório criticam a maneira com a qual a presidente da sigla e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) conduziu o processo.
O PT deve encaminhar consultas às legendas que vão compor coligações e alianças com a sigla na disputa pela presidência. O partido quer saber se há oposição, dentro desses partidos, ao nome de Alckmin.
Até o momento, o PT já firmou alianças com PV, PCdoB – os três devem se unir em uma federação partidária –, PSB e PSOL (estes, por meio de coligação).
Mais cedo, o diretório nacional também votou e aprovou a federação com PV e PCdoB. O processo ainda terá de ser validado internamente pelo PV e submetido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A Rede, que estuda compor federação com o PSOL, também deve se aliar apesar das divergências internas. Há ainda negociações em andamento com o Solidariedade.
“É só mera formalidade. Todos os partidos já bateram martelo em apoiar. Alckmin será o candidato a vice-presidente. A nossa preocupação é colocar a campanha na rua”, disse o vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE).
A resolução aprovada
No texto da resolução aprovada pelo diretório, os membros indicam “às delegadas e aos delegados que participarão do Encontro Nacional a aprovação desta aliança e desta composição de chapa”.
O texto afirma que a “eleição presidencial deste ano colocará em disputa dois projetos muito claros: o da democracia e o do fascismo”.
“Nossa política de alianças e a tática eleitoral que já estão em construção e serão definitivamente aprovadas no Encontro Nacional de 4 e 5 de junho, apontam para a ampliação política necessária para derrotar Bolsonaro, num processo eleitoral que já se revela o mais duro desde a redemocratização do país”, segue o documento.
A coligação nacional com o PSB, diz a resolução, “será importante passo na direção almejada”.
“Confirmará nossa disposição de, no governo, implementar um programa de reconstrução e transformação do Brasil, ampliando nossa base social”, acrescenta.
O ex-governador de São Paulo foi indicado oficialmente pelo PSB para ocupar a candidatura a vice-presidente na última sexta (8). Em um evento com a presença de Gleisi, Lula e Alckmin, em São Paulo, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, entregou uma carta de indicação à presidente do PT.
Fonte: https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/noticia/2022/04/13/diretorio-nacional-do-pt-aprova-indicacao-de-geraldo-alckmin-para-compor-chapa-com-lula-em-2022.ghtml