Um policial civil de Goiás matou um jovem empresário brasiliense, em um bar de Taguatinga, e feriu, a tiro, um amigo da vítima.
Gustavo Gero Soares, 25 anos, era engenheiro civil e dono de uma loja de autopeças em Vicente Pires. O policial o matou com um tiro na QNL 9/11, em Taguatinga Norte. O rapaz estava com o amigo e bancário Carlos Augusto Moreira Galvão, 26. Ambos toparam com o agente goiano em frente a uma distribuidora de bebidas.
Em depoimento na delegacia, Carlos Augusto contou que o policial advertiu ele e o amigo por urinar em via pública. Ambos reconheceram o erro e pediram desculpas, afirmando que não repetiriam o ato, mas, segundo, Carlos, o policial proferiu injúrias racistas contra ele. Entre outras coisas o chamou de “neguinho”. A ofensa provocou uma reação violenta.
Gustavo acertou o rosto do policial com um soco. Ele caiu no chão, se levantou, foi ao carro, pegou uma pistola calibre 40 e colocou na cintura. “Você tá ficando louco? Você vai atirar?”, perguntou Gustavo, ainda segundo Carlos Augusto em depoimento. Gustavo recebeu três tiros e morreu na hora. Ao ver o amigo caído, Carlos partiu para cima do policial, que atirou de novo, atingindo de raspão o braço esquerdo dele. Depois, levou uma coronhada na cabeça. Mesmo ferido, Augusto conseguiu desarmar o agente e desmaiá-lo, com outro soco.
Quando policiais militares chegaram ao local do crime, Gustavo estava morto, Carlos Augusto havia dado entrada no Hospital Regional de Ceilândia e Paulo Roberto Gomes Bandeira, o policial acusado, estava no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde foi preso em flagrante por homicídio e tentativa de homicídio.
Fonte: Correio Braziliense