A polícia procura o motorista de um Porsche que bateu na traseira de um Renault Sandero e matou o condutor do veículo na Zona Leste de São Paulo nesta madrugada.
Segundo o boletim de ocorrência do caso registrado na Polícia Civil, o motorista do Porsche, identificado como Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, fugiu do local do acidente.
De acordo com testemunhas, o carro de luxo estava em velocidade acima do permitido para a via, a Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, que é de 50 km/h (saiba mais abaixo).
A vítima trabalhava com transporte por aplicativo e, de acordo com informações iniciais da polícia, estava sozinha no carro.
De acordo com a Polícia Militar (PM), que atendeu o caso, a mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, apareceu no local e disse aos policiais que levaria o filho ao Hospital São Luiz do Ibirapuera, Zona Sul, porque o rapaz estava com um ferimento na boca. De acordo com testemunhas e policiais ouvidas pela reportagem, nesse momento os agentes liberaram Fernando para ir com a mulher até uma unidade de saúde.
Mas quando os policiais militares foram até o hospital indicado pela mulher para ouvir a versão do motorista do Porsche e fazer o teste do bafômetro para saber se ele estava dirigindo sob efeito de bebida alcoólica, não encontraram nenhum dos dois. Por esse motivo, os agentes consideram que Fernando fugiu do local do acidente.
Os agentes da PM ainda contaram que perguntaram sobre a mãe e o filho dela na recepção do hospital, que negou que eles tivessem dado entrada no lugar. Além disso, os policiais disseram que tentaram falar por telefone com Fernando, a mulher e o advogado do motorista, mas nenhum deles atendeu as ligações.
Questionada sobre a liberação do motorista do Porsche citada no boletim de ocorrência e confirmada por testemunhas do acidente, no entanto, a Secretaria da Segurança Pública informou apenas que “após o socorro aos envolvidos, foi constatada a morte de um dos motoristas. O outro fugiu enquanto os agentes prestavam atendimento. Ele se tornou suspeito da autoria do crime posteriormente, durante a apresentação dos fatos na delegacia e depoimento de testemunhas”.