A violência retórica das Michelles e Damares e de pastores convertidos em cabos eleitorais, transformando denominações religiosas em verdadeiras máquinas de campanha eleitoral, tende a aumentar. E o mesmo vai acontecer com a impressionante avalanche de “fake news” nas redes sociais. Quanto maior a radicalização, menor a chance de que o Brasil entre no prumo. E por que tudo tende a piorar? Não é só a proximidade do pleito que conta. Vamos lá.
Vistos os números gerais do Datafolha, por exemplo, não haveria por que o PT ficar muito preocupado. Afinal, em 15 dias, a diferença entre Lula e Bolsonaro teve uma redução de apenas um ponto percentual: de 49% a 44% (índices repetidos na semana passada) para 49% a 45% em favor do petista agora. A largada, convenham, já não era lá tão confortável. Assim, hoje, os dois candidatos, no instituto, estão empatados na margem de erro, embora esse empate seja pouco provável porque seria preciso considerar margem inferior de Lula e a superior de Bolsonaro. Indecisos são 3%; brancos e nulos, 5%. Nos votos válidos, a diferença é de quatro pontos: 52% a 48%. Na semana passada, 53% a 47%.