A ministra Rosa Weber foi escolhida nesta quarta-feira (20), por sorteio, como relatora do pedido de parlamentares de oposição ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o presidente Jair Bolsonaro em razão da reunião com embaixadores estrangeiros na última segunda-feira (18).
No encontro, o presidente divulgou falsidades ao atacar sem provas o sistema eleitoral, o que provocou reações de instituições da sociedade civil e de autoridades.
Apesar de o nome de Rosa Weber ter sido sorteado, o caso deve ser reencaminhado ao gabinete do presidente do STF, Luiz Fux, em razão do recesso do Judiciário.
Fux está responsável por todos os novos pedidos que chegam ao Supremo com alegação de urgência. Já Rosa Weber, vice-presidente do STF, está cuidando dos processos que já compunham o acervo até este mês.
Nos próximos dias, Fux pode despachar nesse processo se avaliar que há alguma urgência no caso. Se isso não acontecer, o caso deve ser repassado ao gabinete de Rosa Weber ao fim do recesso.
A praxe, no Supremo Tribunal Federal, tem sido o relator encaminhar a solicitação à Procuradoria-Geral da República, já que cabe à instituição decidir se pede a instauração de investigações formais de autoridades com foro privilegiado.